Ela não era como as meninas que ele costumava lidar. Ela era estranha, ele nunca iria conseguir decifrar seus enigmas. Eles eram muito diferentes. Mas tinha algo nela que ele amava, e tinha algo nele, que por mais que ela não quisesse admitir, era algo que ela sonhava todas as noites. Ela gostava de jogar bola e o violão era o melhor amigo dele. No fundo eles se odiavam pelo simples fato de não terem nada em comum, mas ter tanta coisa para dividir um com o outro.
Até que um dia, não aguentando mais o clima que tinha entre eles, ele resolveu dar a ela um sorriso, ela fingiu que não viu. Cansado, ele jurou que nunca mais ia pensar nela, e a partir daquele dia ela não iria mais existir para ele. Arrependida do que fez, ela estava decidida que ia falar com ele na primeira oportunidade. E quando essa oportunidade surgiu, ele a ignorou. Eles tinham tanto a dizer um pro outro, mais com um olhar se (des)entendiam. 
Ele continuava a odiar ela, e dizia que tinha motivos, e ela continuava com o nariz empinado, jurando para todo mundo que nada sentia por ele. Ela sempre trazia pedras, quando na verdade queria trazer flores.

Você diz que eu te assusto
Você diz que eu te desvio
Também diz que eu sou um bruto
E me chama de vadio
Você diz que eu te desprezo
Que eu me comporto muito mal
Também diz que eu nunca rezo
Ainda me chama de animal
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo é do amor
Que você guarda para mim

Medo de amar - Adriana Calcanhoto 

Desde muito pequena, sempre os livros foram meus melhores amigos. Alguns deles não canso de ler, outros ficam empoeirados na minha estante. Dentre os que não canso de ler está o Caçador de Pipas, meu favorito e todos da Jane Austen, minha escritora favorita. Porém, dentre os que está empoeirado na minha estante está O morro dos ventos uivantes, livro que comprei no início do ano e que até agora não consegui entender o verdadeiro significado, simplesmente porque não gostei.
Ele é um clássico da literatura inglesa, o livro favorito de Bella e Edward, mas bizarro para mim. Um romance assustador, que não conseguiu arrancar nenhum suspiro meu, apenas caretas. Juro que se encontrasse Heathcliff e Catherine na rua denunciaria para a polícia, porque eles são suicidas para mim. Emilly Bronte, foi uma grande escritora, inovou com essa obra, mas assustou muito mais que encantou com esse livro no currículo.
Não sou fã de romances melosos, mas os terrivelmente assustadores não me encantou muito. O livro mostra seres humanos egoístas e cruéis, e pessoas assim não é difícil de encontrar nas nossas ruas. Gosto de literatura para sair um pouco da realidade, para creditar que existe algo melhor, e esse livro cortou totalmente as minhas esperanças. O amor dos protagonistas, é algo que nunca quero sentir. Imaginem só, um rapaz que chegou por acaso numa família, foi agredido e humilhado, mas conseguiu ainda se apaixonar por uma moça que não consegue pensar em ninguém a não ser em si mesma. É óbvio que esse amor é completamente doentio e egoísta, e a forma com eles demonstravam esse amor, me deu muito medo.
Enfim, respeito os que amam essa obra, mas para mim é completamente louca e psicopata. Entre todos os romances ingleses, ainda prefiro Mr, Darcy e Lizzy, de orgulho e preconceito.